13 de março de 2012

Escolhas



A vida e feita de escolhas e algumas delas não são fáceis, algumas sangram ao serem tomadas, mas as piores são aquelas que afetam pessoas...
Pessoas que nos amam que dariam a vida por nós...
Algumas vezes não conseguimos identificar quem realmente precisa da gente...
Às vezes erramos na escolha do lado no qual devemos ficar...
Quase sempre seguimos o caminho mais fácil, aquele que nossos amigos e família nos apóiam...
É e ai que fazemos alguém sangrar, abandonamos alguém que naquele exato instante precisa da gente mais que tudo...
Empurramos alguém no abismo e vamos embora sem olhar pra trás...
Deixamos pra trás...
Simplesmente partimos, seguimos nossas vidas sentindo que tomamos a decisão correta apenas por que ela e a que os que estão mais próximos julgam...
Não nos damos o trabalho de olhar pra trás...
Deixamos a pessoa lá...
Se perguntando o por quê?
Se perguntando em qual momento ela deixou de ser importante...
Onde ela se tornou merecedora do abandono...
É perdida em suas memórias ela fica lá... 
Parada como se fosse uma fotografia ...
Às vezes olhando a lagoa atrás da gente...
Às vezes no banco do carona olhando a estrada passar...
Às vezes ouvindo a nossa banda preferida...
Às vezes lembrando os momentos bons...
As vezes olhando a chuva...
Mas sempre...
Sempre...
Sem as respostas que ela precisa...
Sem as razões...
Sem ódio...
Com saudade...
Com lagrimas...
Sem sorrisos...
É com dor...
Muita dor...
Deixamos a pessoa à deriva na tempestade, é na maioria das vezes...
Apenas...
Um sorriso...
Um abraço...
Um “eu me preocupo com você”...
Faria a pessoa se sentir importante...
Mas não...
Não fazemos isso...
É lá vamos nós cometendo o mesmo erro outra vez...
Escolhendo o caminho mais fácil...
Simplesmente fazemos nossa escolha e partimos às vezes também sofremos, mas levamos as opiniões alheias tão a serio que nos privamos...
Do que realmente queremos...
Do que realmente nos faz feliz...
É então descobrimos que as nossas escolhas mais difíceis, são difíceis...
Por que não ouvimos o coração...
Por que não seguimos o caminho que queremos...
Por que vivemos algo que planejaram para nós é não algo que planejamos...
Por que nos tornamos apenas espectadores da nossa própria vida.

2 comentários:

  1. Minha cara amiga,

    Esse texto me fez viajar no mais profundo de minha alma. Acabei por me questionar em alguns momentos. Mas quem é que não se questiona, vez ou outra, a respeito de suas próprias decisões? É como o poema "Ou Isto Ou Aquilo", da minha diva digníssima Cecília Meireles: "Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo... E assim vivo escolhendo o dia inteiro!". Ou a vida inteira.

    Certo é que nossas escolhas são influenciadas pelos fatores externos. Seremos mais amados ou queridos por nossos pais caso sigamos aquele conselho (ordem) que vêm dando tão insistentemente? Nossos amigos podem exigir tanto, quando nem mesmo nós sabemos como devemos fazer as coisas? Ou com oqueremos as coisas, se as queremos?

    Quando nascemos não viemos com um manual de instruções que nos ajudasse que decisão tomar, ou a quem 'agradar'.

    Nossas escolhas, as piores, vêm em momentos de aflição. Quando nos decidimos, sentimos uma carga sair de nossas costas; como se estivéssemos livres. Achamos que nos 'livramos'.

    "É aí que fazemos alguém sangrar, abandonamos alguém que naquele exato instante precisa da gente, mais que tudo"

    Mais que tudo.

    "(...)Não conseguimos identificar quem precisa da gente". Não mesmo. Se soubéssemos, seria um pouco de egoísmo; estaríamos com aquela pessoas porque teríamos alguém que, por consciência,p saberíamos que depende de nós. Seria um laço mais que fraterno, mais que afetuoso. Uma dependencia.

    Até penso que posso comparar o período de rejeição às crises de abstinência. O rejeitado procura qualquer 'bagulho' para se sentir melhor, se sente por um instante no frenesi de seu habitual produto. Mas sabe que nada mais será como 'aquilo'.

    Não imagine que eu falo como uma drogada ou alcoólatra, minha amiga. Apenas sei metaforizar. E sei o que akgumas escolhas podem fazer... Nosso sofrimento é produto de escolha.

    Equação complicada, a da dor.... Estamos "à deriva na tempestade". Não exigimos um porto seguro. Sabemos que depois da tormenta, somos arremessados sem dó nem piedade para alguma ilha, onde criamos nossos personagens, nossos monólogos, nossos recursos elucidatórios: a Solidão nos ensina.

    Mais que tudo.

    Melhor que nossos pais. Melhor que nossos amigos.


    Selen Veane

    (Obs.: amiga, tô ligando pra sua casa há dois dias e ninguém atende o telefone. What's going on? I'm missing you!! Bjão)

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  2. Amiga.... Desculpe o telefone aqui de casa ta maluquinho feito eu... =)
    uau! vc sempre compreende plenamente o que quero dizer... ainda bem!
    é verdade a "solidão nos ensina mais que tudo"!

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